Conheça os livros para o Vestibular 2025 da UFSC

15/08/2024 12:20

Tradicionalmente, o Vestibular da UFSC inclui uma lista de obras cuja leitura integral é recomendada para as pessoas que desejam realizar as provas. Neste ano, para o Vestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC 2025, foram indicadas as obras: “Velhos” de Alê Motta, “Solitária” de Eliana Alves Cruz, “Singradura” de Flávio José Cardoso, “Torto arado” de Itamar Vieira Júnior,  “Parque industrial” de Pagu, além do álbum musical “Tropicalia ou Panis et Circencis”. Conheça os livros para o Vestibular 2025 da UFSC disponíveis nas Bibliotecas da BU/UFSC. 

Capa do livro Velhos, de Alê Motta
Velhos, de Alê Motta
Alê Motta, na coletânea de contos “Velhos” (Reformatório, 2020), investe em dois elementos inovadores na literatura brasileira: a extensão dos contos e a temática abordada. Quanto ao primeiro aspecto, as narrativas que compõem o livro facilmente seriam classificadas como microcontos – uma categoria crítica ainda recente e bastante elástica, porque inclui histórias com extensão variando entre uma linha e duas páginas. [Por que ler as obras?]
Capa do livro Solitária, de Eliana Alves Cruz
Solitária, de Eliana Alves Cruz
O livro é um convite para discutir o racismo estrutural ao recorrer à reprodução do modelo escravocrata colonial em um contexto capitalista, tão presente na arquitetura de apartamentos da classe média e alta brasileiras, o quartinho da empregada, e na configuração do trabalho doméstico, em sua maioria exercido por mulheres negras e de baixa renda. O romance cria uma visão crítica ao nomear cada capítulo por meio dos cômodos da casa, enfatizando os locais de movimentação e de pertencimento dos personagens do luxuoso Golden Plate. [Por que ler as obras?]
Capa do livro Singradura, de Flávio José Cardozo
Singradura, de Flávio José Cardozo
Os contos tematizam histórias cotidianas de habitantes da Ilha de Santa Catarina no período em que foi escrito, a segunda metade do século XX. As vinte narrativas de que a obra se compõe trazem diversos personagens dessa mesma-outra Ilha, tratando de sua relação de proximidade com o mar em linguagem profundamente marcada pelas metáforas, em especial marinhas, e pela musicalidade. [Por que ler as obras?]
Consulte os exemplares da edição de 1970 e da edição de 2020 disponíveis na BU: 869.0(816.4)-34 C268s
Capa do livro Torto arado, de Itamar Vieira Junior
Torto arado, de Itamar Vieira Junior
Na história, a vida das irmãs Bibiana e Belonísia é marcada por uma tragédia familiar envolvendo uma velha mala e uma faca. O enredo é conduzido sem excessos ou exageros, protagonizado por mulheres e entidades fortes e complexas, as quais oferecem múltiplas perspectivas sobre a vida de uma família humilde no sertão da Bahia. O texto conduz o leitor por temas latentes, como a servidão imposta aos trabalhadores rurais descendentes de escravizados e o direito à terra no Brasil, o que implica problematizar a emancipação dos trabalhadores do campo e a luta pela reforma agrária. [Por que ler as obras?]
Capa do livro Parque industrial, de Pagu
Parque industrial, de Pagu
Com narrativa vibrante e comprometida com a crítica social, o romance oferece uma imersão nos dilemas da sociedade brasileira do início do século XX. A força do romance reside não apenas na maestria narrativa de Pagu, mas também na sua perspicaz abordagem das questões de gênero, classe e poder. Ao retratar a vida em um contexto industrial, a autora desvela as intrincadas relações de opressão que permeiam a sociedade, proporcionando uma visão crítica e esclarecedora sobre as desigualdades estruturais que persistem até os dias atuais, tais como a precarização do trabalho, jornadas laborais exaustivas, a subvalorização do trabalho da mulher. [Por que ler as obras?]
Capa do álbum Tropicália ou Panis et circencis
Tropicália ou Panis et circencis
Álbum musical produzido por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Gal Costa e pelo grupo Os Mutantes (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias), com arranjos de Rogério Duprat e participação de Nara Leão, Torquato Neto e José Carlos Capinam. É uma criação coletiva, feita por muitas mãos além dos intérpretes e compositores. Além de cada música individualmente, o próprio álbum é um texto: a seleção, organização, sequenciação e apresentação das músicas é feita visando determinados efeitos e criando uma narrativa. [Por que ler as obras?]

Vale lembrar que o empréstimo de livros na BU é restrito às pessoas vinculadas à UFSC, mas que todas as pessoas podem frequentar nossas Bibliotecas. Caso a obra desejada esteja emprestada, você pode fazer uma reserva para garantir sua leitura. As informações sobre as obras e sobre o vestibular foram obtidas no site da Coperve: Próximos vestibulares e Por que ler as obras?