Conheça os livros para o Vestibular 2026 da UFSC

30/05/2025 18:40

Tradicionalmente, o Vestibular da UFSC inclui uma lista de obras cuja leitura integral é recomendada para as pessoas que desejam realizar as provas. Neste ano, para o Vestibular UFSC 2026, foram indicadas as obras:

  • O outro lado da bola” de Alê Braga, Álvaro Campos e Jean Diaz,
  • Solitária” de Eliana Alves Cruz,
  • Memórias póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis,
  • Parque industrial” de Pagu,
  • S. Bernardo” de Graciliano Ramos,
  • Primeiro de abril: narrativas da cadeia” de Salim Miguel.

Conheça os livros para o Vestibular 2025 da UFSC disponíveis nas Bibliotecas da BU/UFSC.

Capa do livro O outro lado da bola
O outro lado da bola, de Alê Braga, Álvaro Campos e Jean Diaz
Não é apenas uma história sobre futebol. É um retrato cortante de como o esporte pode ser atravessado pelo machismo – um espaço no qual “futebol é jogo para homem” –, revelando feridas sociais que o Brasil insiste em esconder. Através de traços visuais brutais e de uma narrativa fragmentada, os autores desmontam a imagem do futebol como “símbolo de união”, revelando um universo onde corpos LGBTQIA+ são silenciados, a homossexualidade é tratada como doença a ser curada e a violência se disfarça de tradição. [Por que ler as obras?]
Capa do livro Solitária, de Eliana Alves Cruz
Solitária, de Eliana Alves Cruz
O livro é um convite para discutir o racismo estrutural ao recorrer à reprodução do modelo escravocrata colonial em um contexto capitalista, tão presente na arquitetura de apartamentos da classe média e alta brasileiras, o quartinho da empregada, e na configuração do trabalho doméstico, em sua maioria exercido por mulheres negras e de baixa renda. O romance cria uma visão crítica ao nomear cada capítulo por meio dos cômodos da casa, enfatizando os locais de movimentação e de pertencimento dos personagens do luxuoso Golden Plate. [Por que ler as obras?]
Capa do livro Memórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
O romance é de uma originalidade surpreendente, com um foco narrativo em que não temos propriamente um “autor defunto, mas um defunto autor”; com uma dedicatória que eternizou as palavras “Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver”; passagens como: “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis”; e ainda “O velho diálogo de Adão e Eva”, em que uma relação entre Brás Cubas e Virgília é verbalizada apenas por meio de sinais de pontuação. Tudo em meio a uma miscelânea de capítulos curtos, em que se alternam narrativa autobiográfica, relato fantástico, diálogos, alegorias e reflexões filosóficas sobre temas como o nariz ou o uso das botas. [Por que ler as obras?]
Capa do livro S. Bernardo
S. Bernardo, de Graciliano Ramos
Romance que trouxe a seu autor o reconhecimento da crítica, S. Bernardo leva por título o nome da fazenda construída por seu protagonista e narrador, Paulo Honório. Publicado em 1934, o livro é um dos clássicos da chamada “Segunda Geração Modernista”, que combina o compromisso social em denunciar os problemas sociais do Brasil com a busca de uma linguagem mais próxima do falar brasileiro. [Por que ler as obras?]
Capa do livro Parque industrial, de Pagu
Parque industrial, de Pagu
Com narrativa vibrante e comprometida com a crítica social, o romance oferece uma imersão nos dilemas da sociedade brasileira do início do século XX. A força do romance reside não apenas na maestria narrativa de Pagu, mas também na sua perspicaz abordagem das questões de gênero, classe e poder. Ao retratar a vida em um contexto industrial, a autora desvela as intrincadas relações de opressão que permeiam a sociedade, proporcionando uma visão crítica e esclarecedora sobre as desigualdades estruturais que persistem até os dias atuais, tais como a precarização do trabalho, jornadas laborais exaustivas, a subvalorização do trabalho da mulher. [Por que ler as obras?]
Capa do livro Primeiro de abril: narrativas da cadeia
Primeiro de abril: narrativas da cadeia, de Salim Miguel
Trinta anos após o golpe de 1964, Salim Miguel publicou a narrativa sobre os quarenta e oito dias em que esteve “detido para averiguações”, no início da ditadura civil-militar. O escritor manteve um diário durante o período de sua prisão, no qual registrou as percepções e os fatos ligados à sua detenção no quartel da Polícia Militar em Florianópolis. Trabalhou posteriormente sobre o texto e, com isso, publicou “Primeiro de abril” (título alusivo à data do golpe), o qual foi premiado como melhor romance pela União Brasileira de Escritores em 1994. [Por que ler as obras?]
Disponível online gratuitamente no Repositório Institucional da UFSC: repositorio.ufsc.br/handle/123456789/264818

empréstimo de livros na BU é restrito às pessoas vinculadas à UFSC, mas todas as pessoas podem frequentar nossas Bibliotecas. Caso a obra desejada esteja emprestada, você pode fazer uma reserva para garantir sua leitura. As informações sobre as obras e sobre o vestibular foram obtidas no site da Coperve: Próximos vestibulares e Por que ler as obras?

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